"Babygirl" libera os grilhões que ainda insistem em oprimir o desejo sexual feminino
Com as ondas de desconstruções na sociedade ocidental relacionadas às questões de gênero, há através do cinema um meio de comunicação que com seu alcance global expõe narrativas cujas abordagens em alguns casos almejam participar desse processo. Como exemplo tem-se o dinamarquês " Rainha de Copas " (2019), da diretora May el-Toukhy, o austríaco " A professora de piano " (2000), do diretor Michael Haneke e " Babygirl ", da holandesa Halina Reijn (2024), que estreia amanhã (09) nos cinemas. Os três filmes trazem em seus cernes a semelhança de introduzirem jornadas sob a perspectiva de mulheres mais velhas em posições de autoridade e poder que envolvem-se em jogos de sedução e afetos com rapazes mais novos, ao mesmo tempo que experimentam uma libertação sexual para vivenciarem suas fantasias mais libidinosas. Se no primeiro caso, há a professora de piano que desperta para um vínculo sadomasoquista com seu estudante, ou no segundo caso, da madrasta que en...